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A Classe Alta

Feliz Dia do Amigo!

Dicas bacanas
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“Será que nossos amigos nos atrapalham?”

Acredito que a forma mais responsável de reformular esta questão é: “Será que nós desejamos ser atrapalhados pelos nossos amigos?”

Explico.

20 de julho é Dia do Amigo, uma ótima data pra refletirmos sobre a influência de nossas amizades em nossa vida.

O psicanalista Contardo Calligaris publicou recentemente o ótimo artigo “Os outros que ajudam (ou não)” na Folha de São Paulo, reproduzido abaixo com grifos nossos.

Os outros que ajudam (ou não)

Contardo Calligaris – publicado na Folha de São Paulo (grifos nossos)

Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos 40 anos, quis parar de beber. O que o levou a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase provocara a morte da companheira que ele amava, por quem se sentia amado e que esperava um filho dele.

O homem frequentou os Alcoólatras Anônimos. Deu certo, mas, depois de um tempo, houve uma recaída brutal. Desanimado, mas não menos decidido, com o consenso de seu grupo dos AA, o homem se internou numa clínica especializada, onde ficou quase um ano –renunciando a conviver com o filho bebê.

Ele voltou para casa (e para as reuniões dos AA), convencido de que nunca deixaria de ser um alcoólatra –apenas poderia se tornar, um dia, um “alcoólatra abstêmio”.

Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se declarou relativamente fora de perigo. Naquele dia, o homem colocou o filhinho na cama e, enfim, sentou-se na mesa para festejar e jantar.

E eis que a mulher dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, uma garrafa de “premier cru” de Château Lafite: agora que ele estava bem, certamente ele poderia apreciar um grande vinho, para brindar, não é?

O homem saiu na noite batendo a porta. A mulher que ele amava era uma idiota? Ou ela era (e sempre tinha sido) companheira, não da vida do marido, mas de sua autodestruição? Seja como for, a mulher dessa história não é um caso isolado.

Quem foi fumante e conseguiu parar, quase certamente encontrou um dia um amigo que lhe propôs um cigarro “sem drama”: agora que você parou, vai poder fumar de vez em quando -só um não pode fazer mal.

Também há parentes e próximos que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente: se for só hoje, uma massa não vai fazer diferença, nem uma carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime e a autoridade de quem o prescreveu, para parentes e próximos, parece que há um prazer em você transgredir.

Em suma, há hábitos que encurtam a vida, comprometem as chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um desprezo do qual ele não sabe mais se vem dos outros ou dele mesmo.

Se você precisar se desfazer de um desses hábitos, procure encorajamento em qualquer programa que o leve a encontrar outros que vivem o mesmo drama e querem os mesmos resultados que você. É desses outros que você pode esperar respeito pelo seu esforço –e até elogio (quando merecido).

Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há comunidades on-line de pessoas que querem se livrar de seu sedentarismo, de sua obesidade, do fumo, do alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros de uma comunidade registram e transmitem, todos os dias, seus fracassos e seus sucessos. No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos membros instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e a comunidade sabe imediatamente se ele progrediu ou não.

Parêntese. A balança on-line não funciona pela vergonha que provoca em quem engorda, mas pelos elogios conquistados por quem emagrece. Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos que nossos esforços estão sendo reconhecidos e encorajados, mas as punições não têm a mesma eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo têm razão: uma chave da mudança de comportamento, quando ela se revela possível, está no reforço que vem dos outros (“Valeu! Força!”).

Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os reflexos condicionados existem, mas, em geral, se você estapeia alguém a cada vez que ele come, fuma ou bebe demais, ele não parará de comer, fumar ou beber –apenas passará a comer, fumar e beber com medo.

Volto ao que me importa: por que, na hora de tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar um grupo de companheiros de infortúnio desconhecidos? Por que os próximos da gente, na hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções?

Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou tenham tido) propósitos parecidos com os nossos, mas fracassados; produzindo nosso malogro, eles encontrariam uma reconfortante explicação pelo seu.

Outra, aparentemente mais nobre, diz que é porque eles nos amam e, portanto, querem ser nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós amamos mais do que nossa própria decisão de mudar. Como disse Voltaire, “Que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu”.

Aplicando a teoria de Calligaris na Arata Academy

Por um lado, fico feliz com o sucesso de plataformas on-line aqui na Arata Academy. Em cursos como o A Classe Alta (enriquecimento e finanças) e EmpreDig (empreendedorismo digital), reproduzimos o segredo que Calligaris mencionou e que grifamos acima.

Ao reunir amigos desconhecidos em uma plataforma on-line, temos foco. Todo mundo interessado em evoluir junto. É bastante diferente de tentar alcançar objetivos junto com nossos amigos mais próximos que, infelizmente, estão em descompasso e podem induzir aos limites apontados pelo psicanalista Calligaris.

Uma terceira hipótese

Calligaris encerrou o texto acima apresentando duas hipóteses pelas quais os nossos amigos “preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções”. Apesar da segunda hipótese ser mais bonitinha, ofereço uma terceira possibilidade pra gente poder discutir aqui (e que venham quartas, quintas e mais hipóteses na nossa conversa).

Nos exemplos como o do cigarrinho ou do vinho para brindar que o Contardo Calligaris conta no texto acima, a limitação induzida pelo amigo é bastante óbvia e, portanto, relativamente fácil de contornar.

Porém, existe um outro tipo de limite. Mais interno. Mais sutil.

Não é a culpa do amigo. A culpa é nossa.

Ao buscarmos amigos que tendem a nos desencorajar de grandes mudanças e decisões, estamos sutilmente criando um sistema que nos mantém em uma zona de conforto.

Por isso, no começo deste post, sugerimos a reformulação: “Será que nós desejamos ser atrapalhados pelos nossos amigos?”


Amigo da onça… mesmo? Mas quais serão os motivos secretos de nós termos escolhido esses amigos?

Pra mudar, é necessário coragem. Pra parar de seguir a manada, é necessário convicção. Estar preparado pra enfrentar os tiradores de sarro que certamente aparecerão se fracassarmos.

Assim, quando racionalizamos sobre situações do nosso passado pensando “não fui atrás dos meus sonhos por causa do fulano” ou “sicrano não me estimulou a mudar minha vida pra melhor”, estamos secretamente transferindo responsabilidade… para nossos amigos!

É fácil (e confortável) desistir de nossos sonhos

Antes de convidar nossos amigos “on-line” pros comentários abaixo, proponho a leitura de mais um texto, igualmente sensacional, do próprio Calligaris: É fácil desistir de nossos sonhos.

Faço uma paráfrase do que mais me impressionou neste segundo texto:

A gente secretamente adora abaixar a cabeça e se conformar às expectativas alheias que mais estrangulam os nossos sonhos. É assim que podemos resmungar na zona de conforto, dizendo “se não fosse por isso, tudo teria dado certo”.

Pro nosso ego, é melhor ser o romancista potencial que foi impedido de mostrar seu talento do que ser o romancista que tentou, quebrou a cara e teve que aceitar que não tinha talento nenhum (pelo menos não na primeira tentativa).

O Calligaris conclui dizendo que ao desistir de nossos sonhos, evitamos fracassar nos projetos que mais nos importam. E assim nos protegemos.

Este texto fez sentido pra você? Já sentiu algum (ou alguns) desses efeitos dentro de seus círculos de amizade mais próximos? E em suas andanças pela Internet, que tipo de resultados encontrou com amizades on-line?

Sobre Seiiti Arata

Seiiti Arata é fundador da Arata Academy e autor do curso de enriquecimento financeiro A Classe Alta. Suas melhores orientações para produtividade pessoal foram condensadas no curso Produtividade Ninja. É também autor do curso de carreira profissional Duplique Seu Salário e no treinamento em empreendedorismo EmpreDig. Suas técnicas de aprendizado estão condensadas no curso Como Aprender Mais Rápido.

19 comentários

Marco Aurélio Gondim

Arata, o texto é muito bom, apesar de ser um pouco desconfortável de se ler. Mas quem disse que boas lições são confortáveis? Abraço e feliz dia do amigo.

Antônio Lopes

Um dos melhores textos até agora. Adorei o conteúdo e confirma uma teoria que tenho onde sempre discuto com algumas pessoas quando digo:

“Nos somos a soma das influências que sofremos.”

Para minha pessoa o meio em que se vive pode tanto fazer de você uma pessoa de sucesso como também ser uma pessoa de insucesso.

Excelente texto Seiiti, parabéns!

Luís

Parabéns, Seiiti. Mais uma vez um texto extremamente relevante :)

Frederico Ferreira Caçador

Amigos, eu já enxergo da seguinte forma: Tudo está ligado à Resiliência que possuímos em atingirmos nossos próprios objetivos.

Resgato aqui o vídeo da 3a aula que ilustra muito bem o desafio imposto às crianças diante de um delicioso marshmallow. Até que ponto quando crianças, e até mesmo hoje como adultos, conseguimos esperar para comer um doce, abrir um presente, comprar um carro novo, etc?

Da mesma forma, isto se reflete em nossas vidas profissionais. Por exemplo, na área de gerenciamento de projetos (área que atuo e possuo alguns anos de experiência) o que mais nos deparamos são com obstáculos para nos desviar o foco, e fazer com que pensemos em desistir no meio do caminho. Se não formos resilientes o bastante, jogamos a toalha.

Costumo dizer à minha equipe: o gerente de projeto é igual ao maestro de uma orquestra, além de conduzir a banda é também o que chama um dó maior e o dó menor durante o espetáculo. E, sem ele, não tem espetáculo!!!

Grande abraço a todos,
Freddy.

Fabrício Carlos

Muito bom este texto. Creio que chegou em um momento muito providencial para mim. Não muito pelo primeiro texto, mais pelo segundo, que é o fato de abrir mão de nossos sonhos e ainda usar como muleta o “se” para me conformar e me preservar. Como já ouço há algum tempo: “de tanto se, nasceu um pé de quase!” Se isso, se aquilo, eu quase fui, eu quase consegui!!!

Bem, acho que é hora de levantar, sair da zona de conforto e ir à luta!!! Valeu por estes textos… abraços!

Leyde Muniz

Olá Seiiti, Olá amigos! Linda a mensagem passada pelo Paulo Filgueiras.Quando eu era adolescente eu confundia muito coleguismo com amizade. Eu tinha muitos “amigos” que saíam comigo para que eu pagasse as contas (descobri depois). Outros estavam comigo porcausa da notoriedade de minha família na época (eu era rica). Muitos vieram ficaram pouco tempo na minha vida, outros passaram que nem cometas (acabou a riqueza) e outros ficaram um tempo maior e depois de algum tempo foram embora também. Já chorei demais decepcionada por achar que alguem era meu amigo sem ser e aprendi a lição. Poucos ficaram e esses merecem todo o meu respeito, o meu carinho e a minha admiração. Hoje na natural maturidade, cada pessoa que entra na minha vida e no meu coração procuro cuidar como se cuida de uma flor delicada, pois a coisa mais gostosa que existe é você saber que existe alguém que te quer bem, que você pode confiar que pode contar, está ali pro que der e vier sem frescuras e faria tudo para te ver sorrir. Sobre as amizades online conheci muita gente boa e estou noiva de um rapaz que conheci há 7 anos na net, ele de SP e eu da Bahia. Largou tudo há 6 anos e mora comigo e meus filhos. Quanto a desistir de sonhos é a coisa mais fácil quando começam os obstáculos e a gente começa ouvir palavras desistimulantes ou anti-motivacionais. Eu não desisto nunca de algo que me fará crescer como pessoa. Feliz dia dos amigos queridos! Deus abençôe a cada um de vocês! Bjokas!

Zafalan

Seiiti, fantástica a máteria do dia do Amigo, assim como todas as outra que você tem compartilhado para nós, não posso responder por outras pessoas, mas isso faz uma enorme diferença para minha pessoa.
Bem, já senti isso por diversas vezes, e lendo esse texto consegui identificar o quanto eu mesmo errei comigo por causa até da cultura, da falta de conhecimento, pelas decisões erradas ou não tomadas ao longo do caiminho, de algumas chantagens emocionais que pessoas muito próximas fazem com a gente quando estamos querendo realizar vôos independentes, que inventam doenças para nos tirar do caminho, que dizem que vão abandonar tudo porque você não retorna para casa e segue o que essas pessoas querem, pessoas que amam você, que querem a sua proteção, querem o que seja melhor para você na visão deles, como não manter o pensamento de culpar essas pessoas, ah ! eu não fiz isso porque me pediram para ficar, senão ia acontecer uma desgraça, ou poxa se eu não voltar ou abandonar esse sonho que eu tenho, serei egoísta e eles terão que abandonar todo o projeto de vida deles por minha causa. Seiiti, posso hoje com 44 anos citar muitos exemplos em que desisti dos meus sonhos “por causa de alguém” que na verdade agora, com uma melhor conciência entendo que foi por uma escolha que eu fiz, na verdade eu tinha alternativas, eu tinha escolhas, mas não tinha experiência, agia com o coração, com emoções dos outros e não levava em consideração as minhas emoções e minhas vontades, deveria ter sido mais firme comigo mesmo e não ter somente pensado na felicidade de outras pessoas que talvez eu tenha culpado injustamente, sendo que o único vilão de toda minha história, fui eu mesmo. Hoje, apesar de estar numa determinada faixa de idade, acredito que ainda possa fazer valer a pena o que eu quero ou as coisas que eu quero fazer, pois nessa época, tenho encontrado pessoas que me inspiraram, e uma pessoa que está fazendo toda a diferença em minha vida, depois que comecei a assistir alguns vídeos e reportagens que recebo em meu e-mail, mesmo não fazendo parte momentaneamente da academia é o Sr.Seiiti Arata. Deixo aqui o meu muito obrigado por tudo e que você tenha cada vez mais sucesso.

Nota: Isso não é uma propaganda enganosa, ninguém me pediu para escrever isso para promover a academia Arata, não estou ganhando nada com isso, apenas estou expressando meus agradecimentos. Deixo aqui meu e-mail: wrzafalan@gmail.com caso haja alguma dúvida.

obrigado por lerem até aqui..rsrs
Wilson Zafalan/São Paulo

Alvaro Domingues

Nossos amigos estão na nossa zona de conforto. Escolhemos a maioria deles por se parecerem conosco, por terem os mesmo interesses. Se mudamos é lógico que nossos amigos vão se ressentir, pois ficamos “diferentes”. Dizem que os melhores amigos são aqueles que nos dizem a verdade sem rodeios. Mas, eu pergunto, se um deles disser uma verdade que não queremos ouvir, vai continuar sendo nosso amigo? E aquele que concorda em tudo conosco, mesmo que o leve para baixo, tem mais probabilidade de continuar ao nosso lado. É o “companheiro de copo” do alcoolista. No processo de tratamento de um alcoolista, a familia deve ser tratada junto, pois acostumou-se com o “ruim conhecido” e teme que o alcoolista mude. Isso é a co-dependência.

Se realmente queremos mudar, temos que estar preparados para nos desapegar inclusive dos amigos. Paremos de ir ao bar e fingir beber e rir de piadas sem graça apenas para manter a amizade. Se nossos amigos forem realmente amigos, respeitarão nossa escolha.

Vânia Heloisa

Excelente e verdadeiro. Deus nos conceda o dom do discerimento sempre. Fiquemos na paz de Cristo.

Fabio Santana

Olá, Seiiti. Existe um livro excepcional de um brasileiro muito além do senso comum, que fala sobre ação e reação e sobre o poder dos grupos sobre um indivíduo. Uma abordagem direta, pragmática e única sobre os temas. Chama-se Karma e Dharma escrito pelo Prof. Dr. DeRose.

Maria da Luz Lima

È preciso discernir bem o que é ser amiga,porque tenho experiencia de amiga, ciumenta, invejosa, tudo incoscientemente, que cobra demasiadamente, e conceito de ser amiga pra ela é atender as suas carencias.
A Bíblia diz que o amigo é aquele que te levanta quando estás caído, e compara a uma corda de duas voltas que não se quebra..
Isso é ser amigo pra mim, saber que se pode contarcom um ombro, nos momentos dificieis.
Desejo a todos que tenhamos e sejamos bons amigos!!!!!!!!!!

Diego Melo

Olá Seite Arata,

Excelente reflexão sobre amizades. Para contribuir em relação à terceira abordagem citada, é o que chamo de “Auto Sabotagem”. As pessoas adoram achar desculpas, e não soluções e seja na vida pessoal, profissional. Trabalham mais tempo em não realizar as coisas e ter explicações para isso, do que resolver os obstáculos e conseguir alcançar seus sonhos. O mínimo detalhe se torna um obstáculo intransponível e repassar a culpa é ainda melhor por nos satisfaz intrinsecamente de modo perversivo.

Mas muito obrigado por compartilhar essa ótima reflexão.
Abraços.

Diego

Denister

Obrigado Seiiti, sempre nos presenteando com ótimos conteúdos!!.

Ótimo texto para refletir e tentar identificar estes descompassos de interesses entre amigos para melhor contornar a situação.

Ana

Oi, Seiiti,
feliz dia do amigo! Grande reflexão. Acho que uma coisa que pesa muita nessa coisa da sabotagem de amigos é o desconforto que causamos tendo a coragem de mudar. Então eles tem dois caminhos a tomar: reavaliar suas próprias vidas ou ridicularizar nossos sonhos. No fundo, tem um medo horrível de que a gente dê certo, e prove para eles de que o sonho é sim, possível, para aqueles que tentam…
Um abraço,
Ana

Angela Maria

Então, apesar da evolução diária dos tempos, acredito que sempre somos educados, orientados e até quem sabe, induzidos a não pensarmos profundamente o que somos ou até o que queremos para nós, porque dá-se a impressão que constantemente estamos embriagados e não analisamos o que somos e o que queremos para nossas vidas deixando até nos levarmos pela opinião dos outros ou pela mídia e comodamente quando não está de acordo justificamos com a atitude de outrem.
Ótimo texto para fazermos refletir sobre o que significa ter verdadeiros amigos e também se temos sido amigos verdadeiros no que tange a ser ombro e ouvido para as lamúrias, confidências ou desabafos. É bom ser estimulado à reflexão.

rosangela

Olá Seiti, você demonstrou a sua boa amizade, nos presenteando com os belos textos e seus comentários, espero que o dia do amigo, não caia nas garras da mídia podre, e sim que seja um dia para podermos refletir e agradecer por podermos ter amigos.

Adenias Gonçalves Filho

Olá Seiiti,

Feliz por receber mais uma genuína contribuição para o nosso refletir. Obrigado e Feliz dia do Amigo para você e a todos de nossa Comunidade Arata Academy.

Superinteressante “o questionamento: Até que ponto um amigo pode nos ajudar ou nos paralizar”.

Ao longo de carreira profissional desenvolvida num grande grupo empresarial não foram poucas as amizades e relacionamentos profissionais desenvolvidos e cultivados, podendo-se aferir um imenso grupo de amigos verdadeiros e amigos passageiros.

Ao se desligar do grupo empresarial e buscar e novos desafios começamos a perceber que aqueles que tínhamos avaliado como amigos de distanciam de alguma maneira, embora sempre solícitos numa primeira reaproximação, o tempo passa e pouco ou nada acontece. Reconhecem nossos desafios, mas não se identificam com a situação nem tão pouco faz as sinapses que julgávamos possível em decorrência da proximidade que existia antes.

Assim seguimos nossa solitária caminhada e desbravando novos contatos e relacionamentos com pessoas dispostas a conhecer nossa história e contribuir nas conexões construtivas.

Interessante, vamos notando o quanto estamos posicionados como “sujeito” ou “sujeitado”, conceito estes recém-alcançado em palestra simples e objetiva com o tema: “S.O.S – Sujeito ou sujeitado – definindo seu sucesso ou seu fracasso” proferida pela Marisa Urban, autora de livro de mesmo título.

Nos conceitos apresentados para “sujeito”, identifica-se como aquele indivíduo que não usa desculpas verdadeiras, é responsável em dar respostas mesmo que não seja o causador, foca no futuro, age, faz escolhas, não espera acontecer, não usa desculpas. Por outro lado, o “sujeitado”, não reconhece suas responsabilidades, usa e abusa das desculpas verdadeiras, tem sempre explicações para tudo, vive se justificando, culpa o outro ou o mundo, sente-se vítima, prisioneiro e muito comumente não vê saída para simples situações.

Unindo as reflexões postadas pelo Seiiti e me recordando dessa palestra me veio a mente um comentário feito por uma amiga tão logo deixei o mundo executivo. Trocávamos ideias sobre os impactos de deixar a proteção de uma grande corporação para trilhar o caminho “solo” e sobre a perspectiva de obter ajuda de algum amigo que pudesse fortalecer nossa confiança na senda.

Surpreendentemente me vi a frente de um comentário dessa amiga de que os amigos não nos ajudam e quem nos impulsionam são os nossos inimigos. Apesar de toda a argumentação de que nossos amigos irão nos confortar com algum tipo de atenção, mas muitas vezes não nos encorajarão etc…, enquanto os nossos inimigos nos darão um pé no trazeiro, como se usa dizer, e é daí que nos impulsionamos para superar os desafios da vida e mostrar que somos capazes de superar e toda e qualquer adversidade.

Com isto, vejo hoje, de uma maneira muito clara e mais compreensível o sentido maior do que disse Voltaire: Que Deus me proteja de meus amigos. Dos inimigos, cuido eu”.

Jurandir Alves Queirós

Oi Seiiti, feliz dia do amigo!
Como sempre você me surpreendendo com coisas maravilhosas e oportunas como esse trabalho apresentado acima.
Avaliar relacionamentos, principalmente nesses dias atuais, onde as coisas estão num nível de complicação acima da média. Se realmente formos compararmos com outras épocas, chega a ser um grande desafio. Mais a vida é feita desafios! eu concordei com tudo que os textos mencionados quis dizer. A mensagem é muito pertinente. Abre um campo muito vasto para muitas opiniões e experiências pessoais. Vou me reservar o direito de omitir as minhas próprias. Contudo vou aqui externar meu comentário a respeito do assunto em tese.
Bom, amizade é algo muito importante na vida de qualquer ser-humano, as influências são tão importantes nos relacionamentos quanto o comer, o beber, o dormir, ou qualquer outra necessidade fisiológica, sem as quais seria impossível nos manter vivos. Pelo menos, nesse plano. E acredito que até num plano superior.
Agora, se essas influências nos fazem bem, nos ajudam, nos favorecem, nos faz crescer e progredir de alguma forma. Aí meu caro Seiiti, já são outros quinhentos. E tudo isso é o que realmente todos queremos e almejamos. Nunca conheci ninguém que quisesse piorar um pouco, regredir um pouquinho na vida, ter algum tipo de frustração por exemplo. Na verdade, todos nós queremos melhorar, crescer, conquistar alguma coisa de bom na vida! E é nessa busca, que encontramos grandes desafios, e esses desafios, muitas vezes são colocados diante de nós por pessoas próximas, outras vezes por pessoas distantes, pessoas muito queridas, outras nem tanto queridas assim. Mas tudo isso faz parte meu caro Seiiti!
Na vida, sempre teremos de nos confrontar com essas situações. Isso independe de como nos posicionamos diante delas. Sempre gosto de falar um pouco sobre o famoso “Sermão do Monte”. Onde o Grande Mestre, deu lições de comportamentos dentro das relações interpessoais.
E de fato, ele deixou ali a Regra de Ouro!
A humanidade, precisa se render aquela regra. Não há outra saída!
Tudo que realmente precisamos está contido ali. Não estou aqui fazendo alusão a crença, nem tampouco a igreja, muito menos a fé de ninguém. Mais sim, a receita da saída, do sucesso, da felicidade, da paz, e do amor, que todos nós merecemos, e incansavelmente procuramos. Pois fomos criados para usufruir de um mundo exatamente assim.

Leonardo Picoli

Bom dia Seiiti. Realmente os textos são ótimos e nos fazem refletir. Somos o resultado da soma das influências das pessoas que nos cercam. É um “tapa de luva” em nosso ego, nos chamando para sair da área de conforto. Parabéns !!

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