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A Classe Alta

Sobre a importância da Educação para a nova “classe alta”

Finanças

A Classe Alta e a Educação

Hoje quero compartilhar com vocês algumas ideias que estão por trás do curso A Classe Alta, da Arata Academy. Trago também um artigo recente do Nizan Guanaes que está dando o que falar (principalmente levando em conta a revista que publicou).

Em particular, gostei bastante da ênfase que ele dá para a EDUCAÇÃO como elemento central pro bom futuro que podemos construir.

Uma alfinetada em quem tem bolsos ricos e cabeça pobre

O tal artigo foi publicado na RG, que é uma revista que circula com foco específico em leitores de alto poder aquisitivo. Alguém poderia definir como uma “elite financeira” do país, que é um alvo perfeito para uma boa alfinetada de que existe gente tão pobre que a única coisa que possui é dinheiro.

Tem gente tão pobre que somente tem dinheiro.

Em outras palavras: sem EDUCAÇÃO, nada adianta ter dinheiro no bolso. Aliás, é uma lástima. Segue para reflexão antes de prosseguirmos:

O que os americanos e ingleses mais sofisticados têm em comum? Cultura.

Livros e dinheiro são uma mistura perfeita para elegância, savoir faire e bom gosto.

Infelizmente o Brasil, que copia tanta coisa destes dois grandes países, não aprendeu a copiar essa ainda. A pobreza do rapaz rico dos camarotes, estampada na capa da Vejinha, mostra uma classe alta inculta que beira as raias do constrangimento num país cheio de desigualdades.

Ninguém que tenha aberto um livro será capaz de, num mundo desigual como o nosso, abrir champanhes magnum a rufar de tambores e piscar de luzes.

Dinheiro sem livro faz garotos ruidosos e meninas caladas. Gente mal vestida com as melhores grifes. E que não sabe se comportar no mundo.

Gente caipira.

A começar, não sabem falar inglês, inaceitável num mundo global. O mais lamentável ainda é que falam mal português também.

A vida social em Nova York e Londres se passa dentro de universidades e museus, misturando caridade, diversão e cultura. Quando você conversa com pessoas como Tina Brown e Arianna Huffington, elas não são apenas locomotivas sociais, elas são enciclopédias vivas. Sem cultura e sem refinamento intelectual, seremos sempre sinhozinhos e sinhazinhas capiras mesmo que a gente compre todas as roupas, relógios, fivelas, todos os aviões e carros do mundo.

Este país, apesar de todos os desafios que tem, já é um gigante global. E além de uma nova classe média, ele precisa de uma nova classe alta.

Harvard, Yale, Stanford, Oxford, Cambridge… são centros sociais desse mundo moderno. É lá nessas escolas que se formam o establishment social que vai influir no mundo. No Brasil, nós ainda achamos que esse establishment se forma em Nammos, em Mikonos, ou no Club 55, em St.-Tropez.

Nasci no Pelourinho. Fui a uma universidade bem mais ou menos. Mas em vez de dar uma Ferrari pro meu filho, coloquei ele na melhor escola que São Paulo tem: a Graded. E ele, por conta própria, escolheu fazer o colegial em uma das melhores prep schools dos Estados Unidos. A escola Exeter foi fundada em 1781. Lá estudou Mark Zuckerberg. A biblioteca tem 250 mil livros. E Antonio está estudando latim, fazendo remo e sofrendo pra burro pra entrar na disciplina da escola. Mas isso sim é uma herança.

Meu filho leu mais do que eu, sabe mais do que eu. Está se tornando um homem melhor por dentro e por fora.

Eu acredito que desse jeito construo não só um futuro pra ele, mas construo um futuro melhor pro país. Eu me dedico pessoalmente à educação de minhas crianças. Cada uma tem seu caminho e seu estilo. Passei, por exemplo, uma semana mostrando a Antonio o que era Istambul. E três horas jantando com Zeca, eu e ele, num restaurante três estrelas Michelin em Osaka.

Os brasileiros melhores que nós formamos são a maior contribuição que podemos dar ao futuro desse país. Claro que o caminho não é fácil. Antonio, por exemplo, acostumado à boa vida de um menino em sua idade em São Paulo, luta para se enquadrar à vida espartana e focada em Exeter. Ao acompanhar meu filho e sua luta na tradicional escola, vejo de posição privilegiada como os Estados Unidos e a Inglaterra fabricam grandes mentes a ferro e fogo. Estudantes de história que viram fotógrafos ou vão fazer moda, ou simplesmente serão grandes anfitriões.

Mas em tudo que forem fazer terão a marca indelével da boa educação. E é isso, educação, que nós, a elite, desejamos e cobramos tanto para os pobres que eu cobro para os ricos. Porque é elite estudada, culta e sensível um dos maiores luxos que este país mais precisa.

(Autor do trecho destacado: Nizan Guanaes)

Minha opinião sobre o artigo acima

Achei muito bom que o artigo acima tenha sido publicado onde vai atingir quem precisa muito ler isso.

Logicamente que toda generalização tem importantes exceções… mas, sempre que eu visito o Brasil eu fico muito preocupado com a geração futura que está chegando. Explico:

Quando faço reuniões com profissionais que estão no auge de suas carreiras, com contas bancárias gordas, eu também observo uma grande pobreza cultural. Quando sou convidado para conhecer suas residências (geralmente “mansões suspensas” de andar inteiro em condomínios fechados), vejo de tudo, menos livros de qualidade nas estantes. Na melhor das hipóteses, são livros de enfeite, sem as típicas marcas de que foram realmente lidos de verdade.

O motivo da preocupação é maior do que apenas a quantidade de livros da biblioteca particular de quem teria dinheiro para poder bancar os livros.

Esse é um sintoma de um problema cultural. A falta de educação é um problema ainda mais amplo. Você deve concordar comigo que numa ampla escala, a má educação de um povo tende a produzir criminalidade e marginalidade no dia a dia. Sem contar a incapacidade de participação cívica, de engajamento político lúcido.

Um povo que não tem educação não consegue prosperar. Fica todos os dias arrumando “um jeito” de sobreviver.

(Aliás, abrindo um parênteses, dizem por aí que o hino da Copa será a música “Dar um jeito”.)

A falta de educação não prejudica tão somente um país inteiro em suas estatísticas abstratas.

Falta de educação afeta a nossa vida, diretamente. E isso nada tem a ver com a quantidade de dinheiro na conta bancária.

Assim como o autor do artigo acima, eu também vejo com muita tristeza MUITAS famílias que somente possuem interesse em aumentar o tamanho da conta bancária. Viver o sonho da psicologia do consumo. Só.

Nessa busca, sacrificam a grande riqueza da família. Das futuras gerações. Estou exagerando?

Basta olhar os pátios desses condomínios fechados, das alphavilles durante a tarde. O que vemos nos espaços de lazer dos ricos?

Lá, moram crianças que passam mais tempo de suas vidas com babás do que com os próprios pais. Aliás, pais que mal conhecem.

Precisamos de uma nova classe alta

Muitas pessoas prosperaram nestes últimos anos em nosso país, que celebrou pela mídia o fenômeno da “nova classe média”. Mas não devemos ficar apenas na média: todo mundo que conhece a pirâmide de Maslow sabe que o ser humano está sempre em busca de concretizar seus objetivos maiores.

E, tirando aqueles que são patologicamente acomodados, dá pra dizer que todos nós queremos melhorar. Certo?

Queremos alcançar algo a mais. Todos os dias. Afinal, quem é quer ficar pra sempre “na média”? Acertou quem respondeu “os medíocres”. Mediocridade e média andam juntos.

Por isso é que demos o nome “A Classe Alta” para o nosso curso de enriquecimento financeiro.

Acreditando que antes de uma prosperidade financeira é necessário um engrandecimento de valores, uma mudança de perspectiva, uma instalação de um novo software mental adequado a entender o processo de geração de valor, de investimento, de eliminar os gastos fúteis e saber aplicar no futuro. São princípios antigos da época do clássico O Homem Mais Rico da Babilônia.

Fico muito feliz em compartilhar essas ideias com vocês. Feliz em saber que existe gente que lê e que compartilha tais preocupações.

Vamos juntos continuar despertando em mais pessoas o desejo de prosperar de forma honesta, começando pela nossa própria educação. E repassando o bom exemplo para nossos filhos e futuras gerações.

Sobre Seiiti Arata

Seiiti Arata é fundador da Arata Academy e autor do curso de enriquecimento financeiro A Classe Alta. Suas melhores orientações para produtividade pessoal foram condensadas no curso Produtividade Ninja. É também autor do curso de carreira profissional Duplique Seu Salário e no treinamento em empreendedorismo EmpreDig. Suas técnicas de aprendizado estão condensadas no curso Como Aprender Mais Rápido.